Please, don’t go... don’t go... don’t go away
Era sábado, véspera da volta do Rafa e a despedida dele
ia ser na Astrofesta (era uma balada que tinha a cada trimestre aqui em Indaiá,
era bem bacaninha), e lá fomos nós pra tarde da beleza, claro! Nesse dia, eu
tava meio... estranha?! A gente não se viu o dia todo, como a vida pra mim não
ia mudar muito e eu ia continuar morando na casa da minha mãe, ele foi pra casa
dele na sexta-feira arrumar as malas... só nos vimos a noite... Foi uma noite
estranha, muito sinistra, kkk!! E aconteceu um fato que, mais tarde se tornou
desagradável e constante... eu conheci a ex, sim minha gente, existia uma ex...
Mais
um adendo, A ex maléfica: pouco antes de me conhecer, o Rafa tinha
terminado com uma namorada que ele tinha antes de ir pro Japão da primeira
vez... Enquanto ele esteve lá, eles não namoraram, mas ele voltou e eles
voltaram também. O ser humano, ainda gostava dele, e era alguns anos mais nova,
bem naquela idade que acha que vai amar o cara pro resto da vida... o sonho
dela era que o Rafa me traísse, como aconteceu com ela... e, claro, eles tinham
amigos em comum. O Rafa era daqueles caras que achavam normal ser amigo da
ex... aham, tá bom, vai nessa comigo que você se estrepa, meu querido!! Ela
sabia que a gente estava ficando, soube quando começamos a namorar, quando
ficamos noivos, quando casamos...
Na festa estavam minhas amigas e os
amigos do Rafa, saí pra dar uma volta com as meninas e ele ficou com os
meninos. Lá da pista eu avistei umA pessoa conversando com ele, a luzinha de
alerta piscou lá dentro de mim e eu, muito discretamente, fui fazer a sondagem,
algo me dizia que ela... e a minha intuição não falhou. Eu fui muito lady,
minha gente, sequei todo meu sangue dozóio e fui fina, muito fina, até a
cumprimentei com beijinho. E a coloquei, bem rapidinho, no lugar dela, que era
longe dali, claro! Eis que olho pra direção da ser, e ela tá lá, se debulhando
em lágrimas... aaaaaaaaaaaaaaah, senta lá vai, Cláudia...
Nós fomos embora e ficou tudo bem,
muito bem por sinal!!
O não desejado domingo chegou, e com
ele, meus litros de lágrimas... O Rafa foi pra casa dele e eu ainda fiquei em
casa. Quando chegamos na casa dele pra irmos pro aeroporto, com quem me
deparo?? Sim, minhas queridas, com ela... chorando... eu só respirei fundo,
muito fundo... e levei em consideração alguns fatos que estavam a meu favor: a
família gostava de mim (a vózinha do Rafa é uma linda! E disse que nunca gostou
muito dela, RÁ!), os amigos gostavam de mim, e o fato máximo dos máximos, EU
era a ESPOSA dele, cof, cof... aí ela fez a ceninha dela e tal, e foi embora...
e eu, sempre muito lady, claro!
Fomos pro aeroporto, e eu já sentia
um vazio sabem? Uma coisa ruim, eu tava meio anestesiada esse dia, até hoje
quando me lembro do momento que entramos no ônibus pra ir, eu não sei definir o
que eu sentia... E lá foi uma correria, check in, despachar malas, comer, tirar
foto... E quando vimos, era a hora do embarque... eu tava assim como eu falei,
entalada, sem expressar muitas reações, enquanto o Rafa me abraçava e chorava,
e chorava... e eu li, meio que esvaziando... e ele entrou pro embarque, e nós
fomos pro ônibus e pra casa... quando a porta do aeroporto abriu, eu fiquei
cega de tanta lágrima que eu tinha nos olhos, entrei no ônibus e vim, de lá até
em casa SEM PARAR de chorar... enquanto tocava Aonde Quer Que Eu Vá, do Paralamas, por muito tempo depois, eu não
podia ouvir essa música, logo depois, começou a tocar More Than Words, do Extreme, imaginem o estado em que eu me
encontrava... desidratada, praticamente.
E os dias depois desse, ficaram
vazios, sem graça, sem emoção, sem o meu amorzão... A vida pra mim mudou, mas
nem tanto. Mas eu sabia, que lá do outro lado, eu tinha alguém que me amava, e
que logo, esperava eu, ia estar de volta.
Lu...obrigada pela história!!!!Ainda não acabou gente! Fiquem ligadas aqui no pé de feijão que muita coisa vai rolar.
E você, quer um espaço pra contar sua história de amor, de família? Fale comigo.
Um beijo!
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