A primeira coisa que fui com sede ao pote no casamento, foi
a tal da liberdade. “ URRULLLLL agora eu vou fazer o que quiser, a hora que eu
quiser e como eu bem entender”. Arrã, senta lá Claudia.
A sensação é mais ou menos aquela de quando você faz 18
anos e amanhece na porta da auto escola
achando que vai causar horrores com o carro, aí quando tem a CNH tem que pedir o carro para o pai e
ele diz : Hoje não! Quéun. Fica para a
próxima.
No caso de estar casada, veio um fator que chamo a condicional do outro. Vamos
a exemplos para entender o conceito:
- olha esse pacote de viagens, que maravilhoso, vamos?
- Não sei...
(impasse da condicional do outro)
Agora, em pior dos casos tem a condicional dos outros:
-Eu não quero saber da sua mãe se intrometendo do nosso
relacionamento!!! ( Bem, crássica essa, não?)
* os exemplos são meramente ilustrativos. Rsss
Na primeira situação é a condicional do outro, a minha liberdade acabou no outro que jurou
amor a vida toda. E aí? Temos opções:
a) A) Me
calo, mudo de assunto para não arrumar confusão
b) B) Já
desço a lenha e falo que ele sempre é chato e não concorda com nada
c) C) Faço
a mala, vou a viagem e largo o Zé sozinho
d) D) B,C
estão corretas
Brincadeiras a parte, mas é ai que entra aquela malemolência que a gente só aprende
convivendo. Quando a
condicional do outro emperra, o não soa estranho, porque principalmente, nós
mulheres, gostaríamos que os maridos já viessem com leitor de mentes e captasse
de primeira a nossa mensagem. E é exatamente neste ponto que quero chegar: ele não sou eu. É um tanto complexo, mas é
isso mesmo. Acredito que faz muito bem ter as discordâncias, que cada um
desempenhe seu papel diferente na relação e que as minhas vontades sejam pautas
de reunião, sim, assim como as dele. Acho este o caminho certo
porque o que não pode é tanta anulação e no final do dia já nem saber quem é
quem nessa história toda. Eu estou treinando. (E vai ser um treino para o resto
da vida, já sei!)
Mas e a condicional dos outros?Essa eu acho a mais difícil.
São linhas tênues e delicadas.
Quando a família toda faz parte do casamento: mãe, pai, papagaio
e a vizinha fuxiquenta. Eu hein? Mas e aí, o que se faz meu Deus do céu.
Já ouvi e vi de tudo nessa vida. São os palpites. E se a gente deixa todo
mundo saber e opinar daqui a pouco todos estão na sua casa, comendo no mesmo
prato com você, pondo o pé no sofá e não abaixando a tampa do vaso.
Nessas, eu aprendi que família é lugar sagrado, que tem que
ser protegido e isso inclui preservar uma situação, um problema, falar não e
deixar bem claro até onde a condicional dos outros podem ir.
Dias desses estava eu e o Marcio discutindo se íamos ou não
em tal lugar e a condicional dos outros veio forte e eu disse “Em casa a gente
conversa melhor”.
Porque tánocutuque, nocutuque e não é para cutucar.
Continuo tentando.
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