Sempre tenho pra mim aquela coisa de crescer, ser gente
grande, mulher e bla,bla,bla e bla.
Mas só por estes dias a responsa veio forte.
Passei uns dias fora em treinamento, a empresa bancou tudo e
com louvor. Fiquei admirada de trabalhar numa empresa tão bacana, grande que
proporciona qualidade para funcionários. Enfim, agradeci a Deus por tudo,
afinal se fosse por mim eu nem iria porque naquela semana eu estava sem um
misero puto no cartão, carteira. E quando eu falo nada...eu digo nada mesmo.
Perrengue, minha gente!
De tudo eu tirava notinha: do cupom fiscal,água, almoço,
sacolinha...Poxa era o mínimo que poderia fazer, prestar contas e devolver
todos os centavos. O valor da alimentação era bem servido.
Numa das refeições o cara do caixa me pergunta:
-Vai querer nota?
-Ah, claro! Por favor!
E já entreguei a
comandinha com o valor do meu consumo e ele me pergunta:
- Vai querer a nota neste valor ou num valor maior pra você
embolsar o resto?
A primeira reação foi a tentação. Afinal, eu não tinha nada
na carteira. A segunda foi me sentir insultada com o “embolsar”...aquilo me
soou criminoso demais e a última que me fez dizer claramente:
-Não, obrigada, a nota no valor da comanda. POR FAVOR!
E em pensamento completei: Porque eu não quero, nunca,
ter de dizer ao meu filho, mesmo que em brincadeira que eu saí na vantagem, que
me corrompi , que podia ter sido honesta e não fui.
Responsa de querer ser família também afeta no raciocínio
das minhas atitudes. Eu falaria não mesmo em outras condições, mas saber que um
dia serei mãe e terei alguém imitando o que faço, repetindo o que digo me fez
pensar diferente.
Responsa, responsa.
0 comentários:
Postar um comentário